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A Câmara Municipal do Porto e a construção do espaço urbano da cidade (1820-1860)


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Fábrica do Tabaco, Travessa
1825-02-14
Apareceu João Luís da Silva Souto e Freitas, Fidalgo da Casa Real, morador na Travessa da Rua da Fábrica do Tabaco, e por ele foi dito que obtivera Provisão de Sua Majestade para que possa introduzir e conduzir pelo aqueduto público desta cidade a água "que extrair e minar na estrada de Braga, da qual receberá somente a metade" no sítio que recolher, debaixo das cláusulas seguintes: Que a dita água não será introduzida no aqueduto sem que primeiro se examine por peritos idóneos a sua permanência, mediando o tempo conveniente para a experiência e sua salubridade, fazendo-se depois à sua custa um registo que reparta a mesma água em duas porções, uma para ele e outra para o público, obrigando-se a todos os consertos e renovação do registo, ficando a inspeção incumbida à Câmara; Que, faltando a água, não ficará o público obrigado a dá-la, obrigando-se ele a concorrer para a parte respetiva do conserto e renovação do aqueduto, desde o sítio da introdução da dita água até à sua saída, correndo sempre a obra e sua direção debaixo da inspeção do público, sendo este desobrigado a dar água alguma no caso de recusar concorrer para a dita despesa; Que, no caso de faltar água no aqueduto público, ou seja esta escassa, se rateará a do suplicante proporcionalmente, para que mutuamente ele se utilize e seus sucessores, e, juntamente, o público, a fim de que este não sinta dano ou prejuízo algum.
1834-03-01
O Provedor das Águas devia fazer com que, de imediato, duas penas de água corressem para a casa do governador das Armas, na Travessa da Fábrica do Tabaco, acabando assim com o desvio que tinha sido feito para o aqueduto público, por motivo de escassez de água pública. O mesmo devia ser reposto quanto ao Bacharel Guilherme Augusto de Araújo. A falta de água não tinha ocorrido por falta de chuva, mas sim pelo mau estado do aqueduto público.